quarta-feira, 19 de agosto de 2009

O poeta Desiludido


















Eu sou o poeta desiludido.
Isso se tornou feio e humilhante para mim, sinto vergonha de dizer, mas preciso fazê-lo.
Brincaram tanto com meus sentimentos, entregues tão cheios de boa vontade.
O crepúsculo e a Aurora tornaram-se amargos, a vida totalmente desassossegada.
Por que me traem? Por que me pisam? Por que me escarnecem?
Será que não vêem que por trás da máscara sou só amor?
Eu sou a máquina que precisa de combustível não adulterado.
Não posso me tornar pior, chega de representações e dissimulações.
Eu sou o muro que cai com um sopro!
O pólo sul em chamas!
Embora às vezes eu veja fraqueza no amor, sustento o personagem esperando que alguém me ache no mais fundo de mim e resgate o poeta desiludido para uma paixão avassaladora e única como ninguém jamais poderá descrever.

Por: Daniel Yasendick

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