domingo, 27 de setembro de 2009

Um Talvez entre os Dedos
















Descobri que a palavra “talvez" faz parte não só da minha personalidade, mas da de todos.
O fato sucinto para que eu creia nisso é que talvez sejamos seres cheios de dúvidas quanto a tudo que acontece em nosso cotidiano.
Por que talvez não saibamos ao certo o que queremos e, talvez não saibamos como fazer para consegui-lo.
Por que talvez seja tudo e talvez seja nada.
Talvez encontremos o amor no final da estrada escura e mal pavimentada.
Talvez encontremos o fracasso logo na esquina, ou até mesmo a pedra no sapato.
Talvez sua família diga que te ama talvez você espere por toda a eternidade para ouvir essas palavras.
Talvez o talvez chegue de surpresa a sua vida e venha carregando com ele milhares de sentimentos frustrantes.

Talvez você obtenha sucesso com:

Os amigos;
O trabalho;
Os relacionamentos;
Os estudos;
A sociedade;
A auto-identidade;
A vida;
Ou talvez não.

Talvez fosse melhor que o talvez não existisse isso iria nos abster de incontáveis perguntas inúteis e várias respostas decadentes.
Talvez Deus te ajude, talvez ele nem exista.
O importante é lembrar que quanto mais se olha para baixo, mais o chão parece fundo, e que quando se olha para o céu, mais ele parece inalcançável, por isso tente olhar para frente e flutuar.
Sonhos fazem mal, idealizar coisas supérfluas faz mal, verdades chegam a fazer mais mal que mentiras.

Sabe o que eu concluo?
Que talvez eu não saiba de nada.
Que talvez eu não saiba que sei.

Só que talvez...

Talvez...

Por: Daniel Yasendick

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Entre o Mar e o Horizonte















Eu sento para olhar o mar, já passa das cinco da tarde e a qualquer momento o sol vai se por aqui.
Isso se torna mágico, não penso nos problemas, a dor na alma dissipa-se, tem um cheiro bom, o vento bate no rosto, me libertando, me eximindo da culpa.

É solitário, é silencioso, é verdadeiramente feliz.

A areia da praia é um cobertor, as ondas são músicas entoadas pelos deuses da minha alma, o sol reflete um amarelado nas águas parcialmente límpidas, fecho os olhos e vou até outro plano, um lugar diferente, quem dera esse fosse o momento eterno, a cura das feridas, a desobstrução do muro que leva as bênçãos.

Acima de tudo aqui é calma e paz.

Olhar o horizonte me leva ao esperançoso devaneio de uma vida bem melhor longe daqui, em outros planetas e galáxias, como eu queria estar muito longe, sentir mais vezes essa sensação de liberdade.

O mar me acalma, o horizonte me apaixona, mas agora já anoiteceu, é hora de voltar à realidade.

Por: Daniel Yasendick